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O apego excessivo e como repensar a relação com o cachorro

Todos que trazem um cão para sua casa certamente fazem isso pela grande afeição que tem por esses seres magníficos. Seja por querer um cachorro de companhia, seja por procurar um cão para se exercitar junto, seja para ter um cão de trabalho, de pastoreio, acreditamos que todos que aceitam assumir esse novo integrante em seus lares o fazem também pelo carinho e admiração que tem por esses animais inteligentes, ativos e parceiros. O fato é que, muitas vezes, o carinho passa do ponto e chegamos numa situação de apego excessivo, o que traz consequências para o comportamento do cachorro.



O cachorro chega na nossa casa e vai se adaptando ao ambiente e a rotina em que foi inserido. Naturalmente se for uma rotina onde o nosso engajamento com o cão é baseado no carinho, colo e muito contato físico, o cachorro entende que esse é o contato normal para sua vida com sua família. Essa interação com o cachorro, que é voltada para o carinho constante, acaba sendo muito empobrecida. Isso faz com que o cachorro não saiba interagir com as pessoas de outras formas e não tenha nenhuma conduta diferente próximo aos humanos que não seja solicitar essa atenção. Quando esses eventos se tornam a única interação mais interessante que o cachorro tem no dia a dia, ele acaba ficando “perdido” sem saber o que fazer quando não está próximo de pessoas, surgindo comportamentos indesejados como destruições, latidos excessivos, automutilação, etc.


Para mudar um cenário desses e pensarmos na raiz do problema: deveríamos rever nossa percepção do que é ser um cachorro e diferenciar qual a minha necessidade e qual a necessidade dele, como cachorro. Sim, pois se eu trouxe um cachorro para casa para me fazer companhia, que é algo benéfico para mim, devemos também pensar do outro lado, o que é benéfico para o cão? Qual são as necessidades do CÃO, como espécie, para que ele viva bem? Eu, como humano, não me satisfaço e me sinto feliz SOMENTE pelo fato de ter um cachorro em casa, não é mesmo!? Obviamente não, as minhas necessidades vão muito além disso. Além das necessidades básicas, nós humanos, para termos qualidade de vida, necessitamos de exercício físico, socialização, entretenimento, exatamente como é para o cachorro. Além de ter um local confortável para ele viver, ele também necessita de muitas coisas, além do nosso carinho e da comida que fornecemos diariamente. Ele precisa sair caminhar, precisa exercitar corpo e mente, precisa de entretenimento que ocorre através de desafios mentais (brinquedos, interações diferentes), socialização (não só com cães, mas com ambientes diversos)... é desta forma que “construímos” um cão saudável e equilibrado.


O que quero trazer aqui é uma reflexão para que possamos avaliar a rotina que temos hoje com os nossos cães. Sabendo dessas necessidades, podemos nos perguntar: estamos conseguindo comportar as necessidades do nosso cachorro no nosso dia a dia? É através dessa avaliação que podemos perceber onde estão as raízes dos problemas comportamentais do cachorro hoje. Se você acha que não está suprindo as necessidades dele, reestruture seus dias para oferecer as atividades que trarão qualidade de vida para o seu cão. Isso fará com que a convivência entre todos da casa, seja menos estressante e mais harmônica. Se hoje, você se planejar e organizar para oferecer um dia mais rico para o seu cão, amanhã você evitará vários problemas comportamentais, ou se ele já apresenta, estes podem ser amenizados ou até mesmo eliminados em conjunto com um bom trabalho de modificação comportamental.


Gostou de ler nosso conteúdo? Que tal compartilhar esse artigo com aquele amigo que pode estar nessa situação?! Obrigada por nos acompanhar por aqui!

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